Gerências impõem clima de medo, descumprem acordos e ameaçam trabalhadores com transferências e punições.

A situação nas unidades dos Correios da região central de São Paulo atingiu níveis alarmantes de opressão e abuso contra os trabalhadores que participaram do recente movimento grevista. Sob ordens autoritárias das gerências, os trabalhadores estão sendo forçados a cumprir tarefas que não lhes competem, sob constante ameaça de retaliação.

Os relatos de assédio moral e ameaças são chocantes: muitos trabalhadores estão sendo obrigados a limpar cargas de outras unidades, em total descumprimento do acordo mediado pelo TST. Aqueles que resistem ou questionam essa imposição enfrentam transferências arbitrárias e punições severas, como iniciar o turno mais cedo ou receber ameaças de represálias.

Em unidades como o CDD Sé e o CEE Água Branca, a situação é ainda mais grave. Segundo os próprios trabalhadores, as ordens opressivas vêm diretamente das gerências regionais, que não hesitam em zombar dos grevistas, criando um ambiente de trabalho hostil, insuportável e insalubre. O desrespeito às restrições de saúde de alguns trabalhadores também faz parte desse cenário de crueldade.

O SINTECT-SP, diante desse massacre laboral, já cobrou da ECT uma posição firme e imediata para cessar essas práticas desumanas, inclusive relativas às convocações para trabalhar no feriado de 7 de setembro, sendo que a maioria das unidades da região central e de outras áreas já estão com o serviço praticamente normalizado. Portanto, não há necessidade de convocar os trabalhadores para trabalhar num feriado. O Sindicato exige o cumprimento dos acordos estabelecidos no TST e a restauração de um ambiente de trabalho digno e respeitoso para todos os ecetistas, sem exceção!