A inclusão do Ministro Paulo Guedes como investigado foi solicitada pela Polícia Federal ao STF – Supremo Tribunal Federal. O pedido se refere ao inquérito sobre irregularidades no Postalis que levaram a prejuízos financeiros imensos que foram jogados nas costas dos trabalhadores.

O pedido está baseado em citação do nome de Guedes feita por outro investigado em depoimento, Márcio André Mendes Costa, empresário do ramo da educação.

Segundo ele, em fevereiro de 2011, sua empresa fez um lançamento de debêntures – espécie de empréstimo após emissão de título de dívida – no mercado financeiro. Depois, o atual ministro teria sugerido que o empresário também apresentasse debêntures ao fundo dos Correios, que acabou investindo na empresa de Costa.

A PF diz que podem ter sido cometidos os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa. Também foi solicitada autorização para a produção de um relatório de inteligência financeira das empresas de Guedes entre janeiro de 2010 a dezembro de 2016.

Para fundamentar a inclusão do ministro da Economia, o delegado ainda cita reportagens jornalísticas sobre “excessivos ganhos do fundo criado por Paulo Guedes que extraordinariamente alavancou recursos milionários”.

Para desviar do assunto, a assessoria de imprensa de Guedes joga a bola para o outro lado e diz que o objetivo da tentativa de depoimento é expor o ministro.

Os advogados dele questionam “por que o delegado quis envolver um ministro de estado em uma investigação que não guarda qualquer relação com essa autoridade”. Parece que esquecem, de propósito, que Guedes é banqueiro e não titubeia em defender seus interesses.

Fonte: Portal UOL