Plenária de Delegados Sindicais e ativistas debate problemas, mobilização e lutas da categoria
Notícia publicada dia 18/02/2018 12:45
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Ações em defesa do Plano de saúde, resistência à extinção/terceirização dos OTTs, à privatização da ECT e à reforma previdenciária foram debatidos na plenária – As lutas imediatas são contra a reforma da previdência no dia 19/02, a partir das 16h00 na Av. Paulista, e um grande ato no CTP, no dia 22/02, quando haverá audiência de conciliação no TST sobre o convênio médico da categoria!
A investida da direção da ECT contra os direitos da categoria e do governo Temer contra todos os trabalhadores preocupam muito a Diretoria do Sindicato. Por isso a movimentação tem sido intensa, em busca de respostas e soluções. Nesse sentido, o Presidente do SINTECT-SP, Elias Diviza, esteve no TST na sexta-feira de Carnaval. Ele foi conversar com os Ministros sobre o direito da categoria ao Convênio médico, que consta do Acordo Coletivo e não pode ser julgado enquanto ele estiver valendo. Encontrou nos corredores do tribunal o presidente da ECT fazendo o serviço contrário, de convencimento dos ministros para acabar com o nosso convênio.
Ainda bem que o SINTECT-SP estava lá para combater Guilherme Campos. Foi o único Sindicato do Brasil a não parar no carnaval, debatendo problemas e defendendo a categoria. Além de ir ao TST, a Diretoria se reuniu na segunda-feira, 12/02, para pensar ações. Uma delas foi a realização da plenária, no sábado, 17/02, para aprofundar a reflexão com os Delegados Sindicais e avançar a mobilização e a luta!
Uma plenária de luta
O companheiro Diviza ressaltou, no início dos trabalhos, a importância da plenária para esclarecer e orientar os Delegados Sindicais e ativistas e incentivar a mobilização da categoria. Chamou todos a levar os debates realizados para os setores, para informar e chamar os trabalhadores para a luta.
Diviza ressaltou que essa multiplicação do alcance da Diretoria é fundamental para uma grande mobilização e uma luta vitoriosa. “A Diretoria do Sindicato realizou mais de 400 reuniões setoriais no último semestre, mas para conversar, informar e mobilizar cada companheiro, precisa do apoio e do trabalho de todos os Delegados e Delegadas Sindicais e ativistas, inclusive daqueles que se colocam como oposição. O momento é de superar diferenças e se unir em defesa dos nossos direitos”, disse ele.
A luta contra os ataques de Temer
Renê Vicente, Presidente da CTB-SP, e Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, apresentaram uma análise da situação atual do país, com o olhar atento ao leque de ataques profundos aos direitos dos trabalhadores encaminhados pelo governo, entre eles as iniciativas que visam enfraquecer e destruir os sindicatos.
“O sindicato é um movimento, é a consciência do trabalhador sobre a necessidade de união e luta para enfrentar a luta de classes contra o explorador, a elite, os donos das riquezas e do poder”, defendeu Adilson, lembrando que quebrar o instrumento de luta dos trabalhadores é parte da ação do governo golpista para enfraquecê-los e assaltar seus direitos.
Adilson e Rene reafirmaram o chamado à luta contra a reforma da previdência, em defesa de direitos e do sindicato. E enfatizaram a importância da categoria Ecetista, uma das mais aguerridas e respeitadas do Brasil, participar das lutas contra a Reforma da Previdência.
Defender o OTT é papel de todos
O advogado do Sindicato, Fabrício Máximo, abordou a extinção do cargo e o reenquadramento dos OTTs. Ele apontou a necessidade de defender os trabalhadores que estão sendo prejudicados com a mudança e diversos motivos para não aceitarmos e lutarmos contra ela.
Mostrou várias contradições no discurso da empresa, como a extinção de um cargo cuja função continuará existindo.
Para Fabrício, “Ao dizer que os OTTs poderão ser reenquadrados quando: a) necessário e b) mediante anuência do empregado, para outras atividades, como: a) carteiros, b) atendentes ou c) suporte administrativo, reduzindo a atual carência de pessoal nessas funções, a ECT reconhece a falta de empregados. Se faltam carteiros, atendentes ou auxiliares administrativos, a ECT deve realizar concurso público. E não repor as vagas com OTTs, colocando trabalhadores terceirizados no lugar destes, pois isso não readequa a força de trabalho, mas, apenas, reduz seu valor via terceirização.”
O convênio médico é nosso
Silvana Azeredo, Manoel Feitosa e Wilson Araújo, que representaram a FINDECT na comissão paritária que discutiu o plano de saúde, falaram sobre investida da direção da empresa para acabar com nosso mais importante direito.
Lembraram que o benefício foi conquistado como uma forma de compensar o salário baixo da categoria. Se for retirado, vai ser uma enorme redução salarial. Lembraram também que a desculpa de crise financeira nos correios sempre é usada pela direção da empresa quando quer mudar regras e retirar direitos, e defenderam que o que existe de crise atualmente não é causada pelo custo do plano, como diz Guilherme Campos, mas pela má gestão de dirigentes indicados por partidos e governos e da ingerência política. Por isso fica claro que Guilherme Campos é um pau mandado para fazer nos Correios o que o governo que ele representa está fazendo no país, que é roubar direitos dos trabalhadores para aumentar lucros empresariais.
Wilson, Silvana e Manoel também lembraram o importante trabalho da comissão paritária que analisou o convênio médico, e que a empresa não encaminhou nada do que foi debatido e acordado entre as partes. Ou, seja, o que Guilherme Campos quer é destruir o direito do ecetista. Se isso ocorrer, 94.300 ecetistas que ganham até R$ 3.500,00 não terão condições de pagar assistência médica para si e seus familiares.
Para eles, a situação configurada, com seus argumentos jurídicos e técnicos, são relevantes para que, em um ambiente normal, o direito da categoria seja garantido até a data base. Depois disso vem a campanha salarial e a necessidade da categoria realizar uma grande luta para defender e preservar esse direito, dirigida por uma direção sindical responsável e comprometida com os trabalhadores, que saiba orientar e conduzir a campanha com diretrizes acertadas.
Mobilização e luta
A principal conclusão da plenária foi que a categoria ecetista vive um momento conturbado, em que o governo empresarial e seus representantes na direção da ECT querem acabar com os direitos trabalhistas, aumentar a carga de trabalho e reduzir salários para aumentar os lucros empresariais, bem como avançar na terceirização da mão de obra e na privatização dos Correios.
Uma mobilização muito forte, ainda maior do que as anteriores, é necessária para defender o convênio médico e demais direitos, impedir a terceirização e a privatização, garantir a realização de concurso e a contratação de funcionários e a aplicação de um plano de fortalecimento dos Correios e atendimento universal da população.
O grande ato do dia 22 de fevereiro no CTP é o primeiro de muita luta que virá, até a Campanha Salarial deste ano, que será uma guerra em defesa dos nossos direitos e empregos!
Todos estão convocados a participar e defender o que conquistamos na nossa história de lutas e resgatar a empresa pública e de qualidade que os Correios sempre foram, tirando-a das garras dos privatistas destruidores que se apossaram de sua direção e do governo do país.
Venha lutar com o sindicato, filie-se e fortaleça à luta dos trabalhadores ecetistas.
SINTECT-SP sempre em defesa dos direitos dos trabalhadores ecetistas
Assista abaixo momentos importantes desse dia de debate, reflexão e ação: