Plenária de Delegados Sindicais e ativistas reforça chamado para a luta da categoria

Notícia publicada dia 12/03/2017 16:24

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Todos à assembleia de greve de terça, 14/03 – Não à mensalidade no Convênio Médico – Não ao DDA, ao OAI e ao fechamento de agências   – Entrega matutina já – Não às reformas da Previdência e Trabalhista!!!

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O repúdio da categoria às ações da empresa, tomadas sob a desculpa de crise financeira, ficou claro nas falas dos Delegados e Delegadas Sindicais e ativistas que participaram da plenária de organização convocada pelo SINTECT-SP e realizada no sábado, 11 de março, no auditório do Sintaema.

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Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios de todas as partes de São Paulo e da região de Sorocaba estavam representados e deram seu recado: dia 14 a assembleia vai estar lotada e a categoria vai aprovar a paralisação no dia 15 e ações posteriores, que darão continuação à luta contra as mentiras do governo Temer e da direção da empresa, que insistem na desculpa de que falta dinheiro para atacar os direitos dos trabalhadores.

Clique aqui e saiba mais sobre a assembleia

destaque_sintect_sp_plenaria_delgados_sinciasi_cipeiros_ativistas_11_03_2017_2_Deputado Orlando Silva coloca em debate as reformas do governo Temer e a luta nacional convocada pelas Centrais Sindicais

E deixa claro: É preciso somar forças com todos os trabalhadores brasileiros na luta contra as Reformas da Previdência e Trabalhista!

15 de março é dia de Jornada Nacional de Lutas com greves e paralisações contra os ataques contidos nas propostas do governo para as reformas previdenciária e trabalhista, convocado pelas Centrais Sindicais, movimentos sindical e popular.

Ciente da importância dessa luta, a Diretoria do Sindicato convidou o Deputado Federal Orlando Silva (PCdoB-SP) para participar da Plenária e colocar em debate os projetos do governo e a importância da organização dos trabalhadores para barra-los.

Orlando é um dos mais influentes parlamentares do país, segundo o DIAP, Departamento Sindical de Assessoria Parlamentar, e um dos principais articuladores no Congresso Nacional da resistência À aprovação dos projetos de Reforma da Previdência e Trabalhista.

Querem acabar com a aposentadoria do trabalhador

A luta contra as reformas do governo Temer é histórica e imprescindível para todos os trabalhadores brasileiros. Nada até hoje foi capaz de afetar de forma tão radical a vida dos trabalhadores e trabalhadoras que estão na ativa como esses projetos do governo.

“O que está acontecendo no país é muito grave. Terá efeito histórico. Já tentaram outras vezes, e a luta dos trabalhadores impediu. Vamos fazer isso de novo”, disse Orlando Silva.

Ele frisou que as mudanças propostas pelo governo terão forte impacto sobre toda a população, especialmente os jovens trabalhadores (que deverão contribuir 49 anos para conseguir se aposentar com benefício integral), os idosos, e trabalhadores e trabalhadoras rurais, que convivem com trabalho penoso e desregulamentado, com dificuldade e até impossibilidade de comprovação de tempo para a maioria.

E têm impacto especial sobre as mulheres, já que estabelece uma idade mínima comum para homens e mulheres, para obtenção da aposentadoria: 65 anos. Essa alteração despreza o fato de que as mulheres ainda convivem com piores condições de trabalho e com a dupla, ou até tripla, jornada de trabalho, com uma média de horas de trabalho semanal superior à dos homens. O papel fundamental de proteção, cumprido pela previdência social, tem de ser mantido e até reforçado, como forma de reconhecimento e combate à desigualdade, e não eliminado.

Para o Deputado, “outro absurdo é estabelecer 25 anos (300 meses) como tempo mínimo de contribuição pra requerer o benefício, mesmo que por idade (hoje a exigência é de 15 anos)”. O trabalhador brasileiro, em média, contribui 5 meses por ano, devido ao desemprego e à rotatividade promovida pelas empresas. Para ter 300 contribuições é preciso, para a média dos brasileiros, mais de 50 anos trabalhando. Não dá para aceitar.

Vale lembrar que Temer se aposentou aos 53 anos de idade e percebe R$ 35.000,00 por mês só de aposentadoria.

Querem acabar com os direitos trabalhistas

“O governo diz que quer mudar a legislação trabalhista para gerar empregos, para modernizar. Mas a mentira fica evidente quando analisamos o que eles querem mudar”, disse Orlando Silva.

Querem a provar a terceirização irrestrita, inclusive das atividades-fim das empresas. Isso significa precarização total. Nos Correios seria um desastre absoluto, a liberação para a empresa terceirizar até a entrega de correspondências e encomendas.

Também querem mudar as regras de contrato de trabalho, liberando o contrato temporário irrestrito. As empresas fariam uma farra com isso, porque poderiam contratar por alguns meses sem pagar FGTS, multa por demissão e parte das verbas rescisórias, como férias proporcionais, e em alguns casos nem precisariam registrar o trabalhador. Seria a brecha para a empresa contratar mais e mais MOTs.

Mas o pior de tudo é fazer o que for negociado entre trabalhadores e patrões valer acima da lei, do legislado. Num ambiente de desemprego como o brasileiro, a chantagem patronal se impõe, e os trabalhadores acabam perdendo até os direitos que estão na lei, porque acabam cedendo para manter o emprego.

A mentira do governo fica clara ao analisarmos o que ele quer mudar. Os únicos favorecidos com isso são empresas e empresários. O trabalhador só perde.

Todos na luta em defesa dos nossos direitos

Orlando fez um chamado a toda a categoria, e a Diretoria do SINTECT-SP reforça, para participar dessa luta contra as reformas.

Uma das formas é fazendo pressão sobre os deputados. Enviar e-mails e telefonar exigindo que os deputados não aprovem os projetos das reformas é muito importante. Assim como pedir a todos os contatos nas redes sociais apara ajudarem a divulgar e pressionar os deputados.

Outra forma é participar do Dia Nacional de Lutas, no 15 de março, para se unir aos demais trabalhadores e dizer NÃO às reformas da Previdência e Trabalhista.

Na assembleia do dia 14 de março, a Diretoria do SINTECT-SP colocará em debate e votação a participação na paralisação do dia 15 de março e nas ações posteriores que virão, pois o dia 15 é só o começo da luta!

Neste dia haverá ato na Av. Paulista a partir das 16h00 (no MASP), para o qual a Diretoria do Sindicato chama a participação de todos os ecetistas. E durante o dia haverá panfletagens feitas pelas centrais e sindicatos nas estações de trem e metrô, e nos terminais de ônibus, das quais também é importante participar.

2018 é ano eleitoral, e muitos deputados, mesmo da base governistas, estão ficando com medo de perder votos. É preciso mostrar o repúdio e a força da população trabalhadora no dia 15 de março, e se preparar para outras ações ainda mais fortes, caso o governo e seus aliados mantenham a ideia de roubar direitos da classe trabalhadora brasileira.

E NÃO SE ESQUEÇA, DIA 14 ÀS 19 NO CMTC CLUBE: ASSEMBLEIA DE GREVE!

Confira mais fotos da plenária do dia 11 de março:

Assista abaixo trechos importantes e as palavras de delegados sindicais e ativistas  de luta durante a plenária:

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