No Congresso da FINDECT, dirigentes sindicais e trabalhadores brasileiros reforçam o apoio aos trabalhadores argentinos e condenam veementemente os planos de privatização do governo Milei.

Durante o Congresso da Findect, os trabalhadores dos Correios do Brasil, liderados pelo presidente, José Aparecido Gandara, expressaram seu repúdio à tentativa do governo argentino de privatizar o Correo Argentino. Em um vídeo gravado no evento, Gandara e outros dirigentes reafirmaram seu apoio aos colegas argentinos, enfatizando a importância de manter a união em defesa do serviço postal público.

O governo de Javier Milei planeja demitir mais de 7.000 funcionários da estatal, que atualmente emprega 16.858 pessoas, reduzindo esse número para 9.500. Conforme informações do jornal La Nación, o objetivo é reverter o déficit da entidade. A administração Milei também pretende vender parte dos 901 imóveis da empresa e criar franquias públicas e privadas, visando manter a presença da companhia nas 24 províncias argentinas sem depender de fundos do Tesouro Nacional para o pagamento de salários.

Além das implicações trabalhistas, há uma preocupação significativa com as obrigações legais do Correo Argentino. Em períodos eleitorais, a empresa estatal é responsável pela logística dos materiais utilizados nas eleições. A privatização pode comprometer esse papel crucial, ameaçando a integridade dos processos democráticos no país.

Ronaldo Leite, secretário internacional da FINDECT, também se manifestou contra a privatização, destacando a importância do apoio internacional nessa luta. “Nós da FINDECT e os trabalhadores dos Correios do Brasil estamos na luta junto com vocês, apoiando a resistência e a garantia do emprego de todos os trabalhadores do Correo Argentino e a manutenção dessa empresa estatal”, declarou Leite. Ele reforçou a necessidade de uma mobilização conjunta para impedir a privatização e assegurar o futuro dos Correios argentinos.

A mensagem dos trabalhadores dos Correios do Brasil destaca a necessidade de resistência contra políticas que ameaçam serviços públicos essenciais e sublinha a importância da solidariedade internacional entre os trabalhadores. Continuaremos apoiando a luta contra a privatização e em defesa dos direitos dos trabalhadores do Correo Argentino.