Proposta do TST ainda não contempla a categoria
Notícia publicada dia 13/09/2015 06:55
Tamanho da fonte:
Na reunião de mediação realizada na sexta, 11 de setembro, o Vice-Presidente do TST apresentou uma proposta um pouco superior à da empresa, mas que ainda não contempla as necessidades da categoria.
A resposta continua sendo a GREVE dia 15 de setembro!
O resultado da audiência foi a apresentação de uma nova proposta pelo Vice-Presidente do TST, Ministro Ives Gandra, uma vez que a ECT se manteve irredutível em sua proposta anterior. Embora um pouco superior à da empresa, a proposta do Ministro ainda está longe de atender as reivindicações e necessidades dos ecetistas, e traz problemas adicionais.
Veja a proposta e os comentários do Sindicato:
– Reajuste linear dos salários a título de GRATIFICAÇÃO de R$ 150,00 a partir de Agosto/2015 e de R$ 50,00 a partir de Janeiro/2016, com a previsão de incorporação de 25% (R$ 50,00 reais) aos salários a partir de Agosto/2016.
(OBS: O grande problema é que só há previsão de incorporação de R$ 50,00 aos salários, o restante continuaria “por fora” indefinidamente, e poderia acabar sendo retirado pela empresa).
-Incorporação da GIP de R$ 100,00 reais a partir Janeiro/2016 e R$ 50,00 reais a partir de Maio de 2016.
(OBS: Essa GIP já estamos recebendo, portanto não representa nenhum ganho; a vantagem está apenas na antecipação da incorporação dela aos salários).
-Reajuste de 9,56% dos demais benefícios (vale-alimentação, vale-cesta, auxílio filho especial e auxílio creche/ babá).
(OBS: é só a reposição da inflação, sem nenhum aumento real, que é insuficiente pois esses itens todos tiveram aumentos superiores à inflação no período, principalmente a alimentação).
-Constituição de uma Comissão Paritária para discussão da Cláusula 28 (Assistência Médica) do ACT 2014/2015, no prazo de 30 dias a contar a partir da assinatura do ACT 2015/2016.
(OBS: Esta Comissão seria consultiva, ou seja, não teria poder para tomar decisões, que ficariam para a empresa, e ela já deixou claro o quer instituir mensalidade, impedir que os pais sejam dependentes e deixar de ser a mantenedora do plano – Fica tudo na mesma, portanto, e o ataque a esse direito é apenas adiado, e não derrotado).
-Redução do percentual de coparticipação do vale alimentação para:
NM 01 a 63 para 0,5%
NM 64 a 90 para 5,0%
NS 01 a 60 para 10%
-Manutenção das demais cláusulas do ACT 2014/2015.
-Implantação da entrega matutina de correspondência até o final de 2016.
( Reivindicação antiga e cotidiana dos trabalhadores e suas representações Sindicais, mas a ECT propõe um prazo maior para implantação da inversão do horário de distribuição, mostrando claramente que não está disposta a resolver e atender a mais essa solicitação dos trabalhadores da base de SP e de todo Brasil).
Além da insuficiência econômica da proposta, várias questões que hoje são decisivas continuam sem resolução.
É o caso da necessidade de realização imediata de concurso público e da contratação urgente de funcionários concursados. Não houve a necessária discussão sobre esse problema, que é um dos principais da categoria hoje. O excesso de serviço, de dobras e horas extras, que são fonte de estresse, acidentes e doenças profissionais tem que acabar.
O problema da segurança também não foi discutido. É necessário que a empresa apresente um projeto para combater os assaltos, principalmente nos grandes centros, que seja eficiente na proteção à integridade, à saúde física e mental e à vida do trabalhador. Como está, não dá para ficar.