Queda dos juros é resultado de acertos do governo Lula
Notícia publicada dia 03/08/2023 19:41
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● O presidente do Banco Central (BC) deixado pelo governo anterior atua para manter uma política monetária que favorece os bancos e os endinheirados que aplicam no mercado financeiro, protegendo seus lucros, e dificulta mudanças que fortaleçam a economia, o emprego e a renda com a queda dos juros, em benefício da população!
● A queda de 0,5% na taxa Selic indica que os acertos do governo e a pressão social obrigaram a diretoria do Banco Central a iniciar um processo de redução de juros.
Herança maldita
O governo anterior deixou várias heranças malditas. Uma delas é a independência do Banco Central e um presidente para esse banco indicado por ele, representante dos interesses dos bancos, do mercado financeiro e dos ricos aplicadores de dinheiro.
Banco Central independente significa que o governo eleito não tem poder para mudar a política econômica em acordo com seu programa.
O presidente desse banco é mudado a cada 4 anos, no meio do mandato presidencial. Só então o governo terá alguém alinhado com suas diretrizes. Até lá tem que enfrentar a herança maldita e a oposição dentro da máquina econômica.
Indicado por Jair Bolsonaro, o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, permanece no cargo até dezembro de 2024.
O país precisa de juros baixos
Essa configuração é um desastre político. Por isso o governo Lula começou uma queda de braço contra esse presidente bolsonarista do Banco Central. A briga é desde o início para que ele diminua a taxa básica de juros, a Selic.
Por que para o governo a redução da taxa de juros é uma necessidade?
Porque juros altos para empréstimos e crediários travam a economia. A razão é fácil de entender. Com juros altos, quem tem dinheiro aplica no mercado financeiro em vez de investir na produção e gerar emprego e renda. Quem não tem dinheiro, ou seja, todo o povo trabalhador, empregado e desempregado, evita crediário para comprar o que precisa porque vai pagar o dobro e ficar endividado.
O presidente e sua equipe econômica sabem que é o consumo das famílias que move a economia. Elas precisam ter renda e crédito barato para consumir e, com isso, aquecer a economia, impulsionando o comércio e a indústria, e com eles o crescimento do emprego e da renda.
Juros altos, bancos gordos e povo magro
Família endividada só interessa para os bancos, que cobram juros abusivos, baseados na Selic, para fazer empréstimos diretos ou no cartão de crédito.
Resultado dos juros altos é economia travada, com se vê agora. Isso desmonta a indústria, dificulta o comércio e os serviços, faz o desemprego aumentar e o povo sofrer.
Mas o Banco Central independente e seu presidente estão preocupados e comprometidos com quem lucra com isso, não com o país, seu desenvolvimento e o bem-estar de sua população. Herança maldita!
BC diminuiu os juros em 0,5%, de 13,75% para 13,25%
Essa primeira queda na taxa básica de juros foi anunciada na quarta, 2 de agosto. É um começo necessário. Mas 0,5% é pouco e vai demorar para ser sentido pela população. É preciso mais. Por isso a pressão, as explicações didáticas à população e a luta por uma tributação justa tem que continuar.
Esse começo de mudança resulta de acertos do governo na área econômica
O presidente Lula priorizou a recuperação da economia, do emprego, da renda, do consumo da população. E sua equipe econômica está alinhada com ele – Ministros da Economia (Haddad), do Desenvolvimento (Tebet) e da Indústria (Alkmin).
Essa equipe está atuando unida, centrada na recuperação da economia. Está conseguindo unir setores econômicos, como a indústria e o comércio, e tomar medidas que levam à melhoria do mercado.
Muito afinados com o presidente, os ministros estão conseguindo mudanças, mesmo com os juros altos, e estão explicando calmamente para a população a importância de mudar as diretrizes.
Aliado a isso, o presidente e os ministras da área econômica batalharam pela aprovação da primeira parte da reforma tributária, sobre o consumo, e estão deixando clara a importância da próxima etapa dessa reforma, que vai mexer na renda e no patrimônio.
Nela está o grande desafio de fazer quem tem mais dinheiro, pagar mais. No Brasil é o contrário. O pobre paga o mesmo que o rico no consumo, porque o imposto está contido nos preços dos produtos. E paga muito mais na renda, porque o imposto vem descontado no holerite, enquanto empresas, aplicadores, rentistas, especuladores e ricos em geral têm enormes mamatas, isenções, descontos e formas de enganar o fisco.
Atenção, apoio e mobilização
A proporção de pagamento de imposto no Brasil é invertida, ou seja, quem tem mais, paga menos. Se isso não mudar, o país não melhora. A resistência das elites, que nunca pagaram imposto como deviam nesse país, e da mídia empresarial que a representa já está enorme e vai crescer.
Por isso é muito importante que a população trabalhadora e as organizações que as representam, como os Sindicatos, entendam a situação e entrem na luta!