Renúncia do diretor financeiro expõe problemas no POSTALIS

Notícia publicada dia 04/11/2013 10:25

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No ultimo dia 09 de Outubro, o diretor financeiro do POSTALIS renunciou ao cargo. Este diretor financeiro foi indicado pelo governo em Janeiro de 2012. Porém o mesmo havia sido gerente de aplicação do POSTALIS e membro do comitê de investimento nos últimos anos. Após uma fiscalização da PREVIC (Autarquia responsável pela fiscalização dos fundos de pensão) em Agosto de 2012 demonstrar uma série de irregularidades contra a antiga e atual gestão do POSTALIS. O conselho deliberativo já em 2012, reuniu e discutiu a situação, analisando as infrações, as denúncias da SEC (irregularidades em títulos de dívida externa) e péssimo resultado financeiro. Em votação dos 6 conselheiros 4 votaram pela exoneração, porém uma semana depois, após pedido de vista, um conselheiro eleito mudou o voto e empatou a votação e o presidente do conselho, indicado pela empresa, manteve o diretor financeiro.

Problemas se agravam!

Plano BD saldado volta a contribuir

Os trabalhadores em Abril foram surpreendidos com o retorno da contribuição no plano de Benefício Definido, que foi encerrado e saldado em 2008. Na época a ECT dizia que o saldamento iria equilibrar o plano, não sendo necessário reajuste ou pagamento extra. Porém com um rombo de 985 milhões de reais, ou seja , quase 1 bilhão , fez com que o conselho deliberativo aprovasse a contribuição extraordinária de 3,94% a partir de abril. Hoje os trabalhadores que entraram na empresa ante de 2005, pagam em seu holerite uma contribuição extraordinária para cobrir o rombo criado pelas más resultadas das aplicações.

Multas e inabilitação

A partir de julho o colegiado da PREVIC começa a julgar os recursos, frente a fiscalização de 2012, e confirma multa de 40 mil e mais inabilitação(proibição de exercer atividade em fundo de pensão) aos antigos e atual gestor financeiro do POSTALIS. Com isto temos uma situação complicada:

a) denúncias de malversação nos títulos da dívida externa – SEC (Jornal Valor Econômico 28/08/2012);

b) rombo de 985 milhões do Plano BD;

c) retorno de contribuição de 3,94% sobre o valor saldado e d) Um diretor financeiro inabilitado e multado.

A partir deste momento várias entidades encabeçam um manifesto, entre elas a FINDECT, onde cobra a saída do diretor financeiro. O governo, segundo matéria do Jornal Estado de São Paulo do dia 08/10 , exige a saída do diretor financeiro, que apresenta carta de renúncia no dia 09/10, ao conselho deliberativo, alegando problemas pessoais.
Neste momento as entidades estão cobrando que a indicação do novo diretor financeiro, seja feito por gente da casa, da própria ECT. Que as indicações políticas, com gestões ruins estão corroendo nossas reservas com aplicações que não estão surtindo efeito. Precisamos de uma administração séria. Precisamos de um conselho deliberativo que atue com independência e faça sua parte. Precisou das entidades se organizarem e pressionar o governo para a saída do diretor financeiro, se em uma votação o conselho poderia ter exonerado? Quais os interesses mesmo dentro do conselho?

Referências da matéria para consulta e certificação:

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2013/10/08/internas_economia,457693/governo-determina-demissao-de-diretor-do-postalis.shtml

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2013/10/08/internas_economia,457693/governo-determina-demissao-de-diretor-do-postalis.shtml

http://rogerioubine.blogspot.com.br/2012/09/sec-revela-fraude-milionaria-contra.html

http://rogerioubine.blogspot.com.br/2012/09/nota-de-esclarecimento-postalis.html

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