Reunião com trabalhadores do CEE Jaguaré na Sub-sede Leopoldina
Notícia publicada dia 27/06/2012 18:37
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Em reunião realizada no último dia 23 de junho (sábado) na Sub-sede da Leopoldina com os diretores do Sintect/SP Edilson e Raimundo, os carteiros do CEE Jaguaré mostraram mais uma vez que estão juntos com o sindicato em busca de uma solução definitiva quanto à questão dos assaltos, que há tempos vem tirando a paz desses companheiros e tambem em busca de melhores condições de trabalho e melhor relacionamento no ambiente de trabalho.
Na ocasião, os companheiros carteiros deram depoimentos impressionantes de como se sentem quando são assaltados, a humilhação que passam nas mãos dos bandidos todos os dias, o terror psicológico que enfrentam quando são envolvidos em sequestros relâmpago, disseram também que muitas vezes não tem a assistência necessária para que se recuperem e essa falta de assistência começa dentro da unidade quando dizem que fica claro que o gestor se preocupa em um primeiro momento em saber quantas encomendas foram furtadas e se o carteiro viu o rosto do assaltante para que possa ficar mais fácil sua identificação, além de dizer aos carteiros que às vezes estes são assaltados com armas de brinquedos e ficam assustados à toa. Um Absurdo!
Em outros depoimentos, houveram reclamações quanto a falta de viaturas nas ruas e a demora quanto a presença da polícia quando acionada.
Os trabalhadores fizeram um apelo para a Empresa e também para a SSP-SP, pois não aguentam mais essa situação e não estão mais dispostos a continuar arriscando suas vidas. Pediram que a Empresa volte a sua atenção para a portaria 567 do Ministério das Comunicações, que fala com deve ser feita a distribuição externa de objetos postais e em quais condições.
Os trabalhadores alertam a Empresa quanto a urgencia de uma medida enérgica. Quanto ao Sindicato, exigimos desde já que a Empresa se paute na referida portaria e encontre uma saída.
De um lado existe a alegação de que certas áreas não comportam escoltas em virtude do preço ser alto, por outro lado a vida do ser humano não tem preço.
Com relação as horas extras, trabalhadores denunciaram a prática abusiva da gerência dessa unidade em exigir que se faça horas extras todos os dias, alegando ser obrigatório.
Os trabalhadores disseram que estão esgotados física e psicologicamente, e que não aguentam mais tantas dobras em virtude da falta de efetivo, a sobrecarga é grande gerando um esforço mental tremendo e ocasionando uma queda na qualidade de serviço tendo em vista que os trabalhadores não tem tempo suficiente para se recuperarem do desgaste de um dia de trabalho, por conta do excesso de horas.
É bom deixar registrado que a Empresa descumpre o exposto no MANPES, MÓD:22, CAP: 3 (HORAS EXTRAS ),uma vez que permite que seus gestores adotem o banco de horas dentro das unidades. Isso ocorre, porque esses gestores iludem os trabalhadores a trabalharem além das duas horas permitidas no art. 59 da CLT, à troco desses trabalhadores terem dias a mais nas férias.
Quanto a higiene no local de trabalho, há um entendimento tanto dos trabalhadores quanto do sindicato que não adianta mais reclamar para a Empresa, tem que ser feita uma denuncia de maior proporção aos orgãos competentes e mostrar a eles as verdadeiras condições de higiene que a Empresa oferece aos seus funcionários no CEE Jaguaré e no complexo Pirelli.
Na questão relacionamento, primordial para o bom andamento do serviço, também há um entendimento tanto por parte dos trabalhadores quanto por parte do sindicato de que alguns gestores, coordenadores e supervisores devem passar por uma reciclagem para que não comprometam o nome da Empresa em possíveis ações judiciais por assédio moral por parte dos trabalhadores.