Reunião contra os assaltos no CDD Santo Antonio
Notícia publicada dia 09/02/2012 21:29
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Reunião setorial para o debate de medidas contra os frequentes assaltos aos carteiros em Osasco
No dia de hoje, 26/01, os cerca de 60 carteiros do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) Santo Antônio em Osasco, realizaram um manifestação exigindo que os Correios tomem medidas concretas para por fim à quantidade absurda de assaltos que estes trabalhadores vêm sofrendo durante a execução de seus serviços. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, só neste mês de janeiro já ocorreram mais de 15 assaltos a carteiros, nos quais os meliantes utilizam armas de fogo para roubar dos carteiros os objetos de valor que deveriam ser entregues aos destinatários. Além dos assaltos aos carteiros pedestres, também foi roubado nesta semana, um veículo do setor que fazia transporte de correspondências e encomendas, sendo o veículo posteriormente abandonado, tendo os objetos de valor sido levados e as correspondências comuns derramadas na rua pelos assaltantes.
Embora os assaltos a carteiros deste setor de trabalho se concentrem no Jardim Santa Maria, Jardim Conceição, Jardim Veloso e adjacências, já se aproximando da área central, todos os funcionários estão solidários aos companheiros que estão sendo constantemente assaltados. Essa situação levou o Sindicato, após diversas conversas com trabalhadores, a encaminhar um comunicado à direção da Empresa informando que caso não fossem tomadas medidas concretas para evitar os assaltos, todos os trabalhadores do CDD Santo Antônio estariam paralisando as suas atividades.
Diante da cobrança do Sindicato e dos trabalhadores, e da ameaça de paralisação, a Diretoria Regional da ECT, responsável pela administração dos serviços de Correios em toda a região da Grande São Paulo mandou seus representantes (os coordenadores de operação da região de Osasco, a chefe do centro de tratamento de correspondências Jaguaré, que é responsável pelo CDD Santo Antônio e a Gerência de Relações do Trabalho) para dialogar com os trabalhadores e o Sindicato. Pelo fato da empresa ter demonstrado disposição ao diálogo, a paralisação prevista foi adiada.
Com a presença dos representantes da Direção Regional da ECT, dos diretores do Sindicato Luiz Carlos “Índio” e Raimundinho, o delegado sindical Altair Biscaro, além de todos os trabalhadores do setor, foi realizada uma reunião onde a Empresa se comprometeu a analisar as várias propostas apresentadas para evitar a quantidade excessiva de assaltos, passando por várias alterações na forma de entrega dos objetos de valor, de forma a propiciar mais segurança para os trabalhadores. A empresa informou nesta reunião que após as conversas já tidas com as autoridades responsáveis pela segurança pública de Osasco, seriam intensificadas as conversações com a polícia militar e civil, sendo que esta última já tem uma reunião marcada para tratar do assunto. Além disso, as gerências de segurança patrimonial e de operações da ECT iriam analisar as várias propostas feitas pelos trabalhadores e pelo Sindicato, sendo que também seriam buscados contatos com a Polícia Federal para tratar o problema, já que estes assaltos ocorrem contra o serviço postal, que é um monopólio estatal.
Outra questão importante levantada é que além de todas as possíveis alterações na forma de entrega das correspondências, e pelo maior acompanhamento da segurança pública aos serviços prestados pelos Correios, outro fator que pode ajudar a reduzir os assaltos são as denúncias que a população pode fazer ao saber de pessoas que possam estar envolvidas com estes assaltos, através do dique-denúncia, que é anônimo e garante sigilo absoluto, através do fone 181. Este tipo de denúncia beneficia não só trabalhador dos Correios que sofre com os assaltos, mas também toda a população que é prejudicada, por não receber as suas correspondências e encomendas como deveria.
Com a realização desta reunião e os compromissos assumidos pela ECT, os trabalhadores decidiram dar uma voto de confiança à empresa, mas deixaram claro que caso não sejam tomadas medidas concretas urgentemente em relação aos assaltos, os trabalhadores poderão estar paralisando as suas atividades.