FINDECT faz videoconferência com ecetistas de todo o país
Notícia publicada dia 20/07/2020 13:33
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Num encontro democrático e transparente foram debatidas questões relacionadas à negociação coletiva e aos caminhos para a defesa do acordo coletivo e dos direitos da categoria, à luta contra a privatização e à eleição do Postalis.
FINDECT promoveu esse encontro virtual amplo e democrático para ouvir os trabalhadores e propor atitudes para defender os direitos dos trabalhadores neste ano difícil, marcado pela crise econômica, pelo desemprego, pelos ataques de um governo de ultradireita e da direção que ele indicou para a ECT, e pelas dificuldades inéditas impostas pela crise sanitária provocada pelo coronavírus.
Foi unânime a compreensão de que as federações, associações e sindicatos da categoria devem atuar e buscar um trabalho sindical conjunto e forte, que aponte e possibilite soluções para os graves problemas enfrentados pela categoria.
O encontro reuniu lideranças sindicais e trabalhadores de base de todo o país, além de advogados da FINDECT e do Deputado Federal Orlando Silva. O parlamentar do PCdoB paulista apontou as dificuldades para abrir espaço e conseguir negociações de fato com esse governo, com a direção da empresa e mesmo com as instâncias de justiça e com os parlamentares.
“É um momento muito problemático para os trabalhadores, em que as forças de direita, representantes dos direitos dos empresários e banqueiros, são dominantes e se empenham para impor retrocessos nos direitos econômicos e sociais dos trabalhadores”, reflete Gandara, presidente da FINDECT.
O corpo jurídico da FINDECT expôs os trâmites que estão adotando em busca de garantias para o cumprimento do Dissídio Coletivo como foi julgado pelo TST em 2019, com validade de dois anos, ou seja, até agosto de 2021.
Uma das medidas é solicitar ao Ministro Dias Toffoli a suspensão da liminar concedida à ECT, que suspende duas cláusulas do Dissídio, a da validade e a do convênio médico.
Deixaram claro, no entanto, que a liminar do Ministro não anula as cláusulas. Apenas as suspende até julgamento final. Enquanto isso, não se pode dizer que o acordo tem validade de apenas um ano e iniciar negociação agora, como quer a ECT, que inclusive ousou apresentar uma “proposta” absurda, destruindo o Acordo e mantendo apenas 9 cláusulas.
É preciso ir até o final no processo e defender o acordo por dois anos, devido à enorme dificuldade para mobilizar a categoria, realizar reuniões e assembleias públicas nesse momento de isolamento social, em que as aglomerações são proibidas. Só para lembrar, uma assembleia em São Paulo ou Rio de Janeiro reúne de 2 a 5 mil pessoas.
A direção da FINDECT e dos Sindicatos filiados vão aprofundar os contatos com as demais associações, federação e sindicatos da categoria. Vão buscar estratégias comuns, no sentido de preservar os direitos da categoria e lutar contra o oportunismo da direção da ECT, que quer impor negociação para acabar com o Acordo Coletivo e os direitos duramente conquistados pelos trabalhadores em décadas de lutas!
União, luta, responsabilidade sabedoria devem ser os condutores das ações da categoria!
Por: FINDECT