Com poucos funcionários por falta de concurso, ECT manda caixetas com correspondências para quem está trabalho remoto triar e ataca direito conquistado, atitude desesperada e ilegal!

Desde 2011 a ECT não realiza concurso e não contrata funcionários. Enquanto isso a população aumenta, e com ela o fluxo postal, ampliado pelo desenvolvimento do comércio eletrônico e da entrega de encomendas.

É óbvio que com a pandemia, que provocou o crescimento das vendas online e da entrega de encomendas e colocou trabalhadores do grupo de risco em trabalho remoto, a empresa teria problemas.

É o resultado de anos de políticas privatistas. Da ação de dirigentes que só pensam em enxugar a empresa, desgastar sua imagem, entregar o setor postal a empresários e, enquanto isso, garantir lucros sobrecarregando de trabalho e roubando direitos dos ecetistas.

Agora, no desespero com as encomendas acumuladas nos CDDs por falta de pessoal, a direção da empresa resolve enviar caixetas de correspondências nas residências dos funcionários que estão em trabalho remoto e descontar do anuênio deles para pressioná-los a voltar ao trabalho presencial.

A ilegalidade é dupla.

No caso das caixetas, a direção da ECT atenta contra a lei postal. Ela não pode tirar as correspondências das dependências da empresa e enviar para serem triadas fora, nem que seja a casa dos trabalhadores em home office.
O problema de segurança é evidente e também duplo. Porque além de comprometer a inviolabilidade da correspondência, há o perigo de contaminação dos trabalhadores e suas residências nesse momento de pandemia.
No caso do anuênio, é sacanagem mesmo. Como se trata de um direito adquirido, não pode ser retirado ou suspenso. O desconto é um artifício da empresa que depois terá de ser devolvido.

Com essas ações, a direção da empresa avança na irresponsabilidade e incompetência. A resposta da FINDECT, dos Sindicatos filiados e de toda a categoria é o repúdio, a revolta e a disposição de luta que virá com toda força assim que as condições permitirem.

Por: FINDECT