Sem negociação e julgamento marcados, greve continua e precisa crescer
Notícia publicada dia 04/09/2020 12:00
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SINTECT-SP convoca ATO ESTADUAL em frente ao CTP Jaguaré dia 8 de setembro
O esperado despacho da Ministra Kátia Arruda, relatora do Dissídio Coletivo dessa Campanha Salarial, foi informado aos Sindicatos na noite de terça-feira. Não trouxe excepcionalidades.
Ela não acatou o pedido da empresa para declarar a ilegalidade da greve. Proibiu a ECT de fazer novos descontos dos grevistas antes do julgamento, sem determinar a devolução do que já foi descontado indevidamente. E estipulou uma multa para os Sindicatos, caso não seja mantido 70% do efetivo trabalhando, o que segundo dados da própria empresa está garantido.
Mas ainda não foi marcada a data do julgamento pelo pleno do TST. E como a direção da empresa se nega a negociar e não aceita nenhuma proposta que não seja a retirada de 70 cláusulas do Acordo Coletivo, é necessário manter a greve para mostrar que os trabalhadores não aceitam a destruição do Acordo Coletivo e retrocessos nos benefícios e na renda.
Unidade e luta
Para tanto é necessário realizar os piquetes de esclarecimento nas portas das unidades e explicar a cada companheiro a importância de paralisar para não perder o que foi conquistado em décadas de lutas.
Também é preciso realizar atos, carreatas, ações solidárias e outras formas de contato com a população para explicar os motivos da greve e ganhar o imprescindível apoio político da opinião pública, uma das poucas armas capazes de cutucar o governo nesse momento.
Mas não há espaço nem é o momento de ações extremadas. A conjuntura do país está desfavorável para os trabalhadores. Além de todas as dificuldades de organização e mobilização trazidas pela pandemia, há uma grande articulação política que envolve governo, partidos patronais no Congresso Nacional e setores da justiça em torno da destruição dos direitos trabalhistas, do aumento da exploração e da precarização do trabalho, de manutenção de uma política econômica neoliberal que só favorece os bancos e as grandes empresas.
É preciso ser extremamente cautelosos e responsáveis para não dar os argumentos que esses setores querem para atacar e criminalizar as lutas dos trabalhadores e por tudo a perder. A situação atual exige uma greve forte, com muita união e solidariedade entre os trabalhadores, proximidade e empatia com a população.
Sindicato convoca ato unificado
Nesse sentido, o SINTECT-SP está convidando todos os Sindicatos de Trabalhadores dos Correios do Estado de São Paulo para um grande ato unificado em frente ao CTP Jaguaré no dia 08/09 às 9h00 – Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba.
Vamos juntar forças com responsabilidade e respeito às medidas de segurança necessários para evitar o contágio pelo coronavírus, que continua ativo no estado, com o número de casos e de mortes se mantendo no chamado platô, ou seja, sem crescer, mas também sem diminuir.
Será um grande ato de protesto contra a intransigência e os ataques da direção da empresa e em defesa dos direitos da categoria, para o qual a Diretoria do SINTECT-SP convoca a -participação de todos os trabalhadores!