Sindicato cobra mudança e melhoria na ECT com preservação dos direitos da categoria

Notícia publicada dia 10/12/2015 11:12

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SINTECT/SP e a FINDECT discutiram a situação da empresa com o presidente Giovanni Queiroz, apresentaram as propostas dos trabalhadores, mostraram os erros da gestão anterior, apontaram a necessidade de investimento e deixaram claro que os trabalhadores precisam de valorização e melhoria nos salários e benefícios e não vão aceitar redução de direitos!

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O novo presidente da ECT acertou ao começar sua gestão recebendo os representantes sindicais da categoria. Além disso ele já havia reduzido o salário da direção da empresa pela metade e reajustado os preços das tarifas postais.
Se parar nisso é muito pouco. A ECT tem de passar por mudanças profundas para voltar a ser a empresa grande, eficiente, competitiva e confiável como já foi um dia.
Entre as exigências imediatas estão: estabelecer o diálogo com os trabalhadores, cumprir os acordos, melhorar salários, condições de trabalho e direitos como o plano de saúde, garantir segurança e saúde, realizar concurso e contratar funcionários!

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O Presidente do SINTECT/SP, Elias Cesário, o Diviza, junto com dirigentes dos demais Sindicatos filiados à FINDECT, apresentou o diagnóstico dos trabalhadores ao novo presidente da ECT, na reunião que foi convocada para discutir a situação da empresa e elaborar um plano de ação para recuperá-la dos sérios problemas econômicos e de gestão que a atingem.
Diviza mostrou que as últimas diretorias levaram a ECT para o buraco. Conseguiram reduzir os lucros, apesar do faturamento recorde de 18 bi em 2014. E apesar da forte diminuição do número de funcionários, que leva os que ficaram a trabalhar em dobro. Além disso acabaram com a seriedade nas negociações, atacaram diretos e benefícios, pioraram as condições de trabalho, criaram um ambiente degradado e levaram à piora dos serviços prestados à população.
Os Sindicatos deixaram claro que estão abertos, como sempre estiveram, a parceria para resolver os problemas dos Correios. Sabem que a situação é crítica e estão certos de que o pontapé inicial para a construção de uma nova ECT é incluir o trabalhador nas tomadas de decisões.

A receita dos trabalhadores, apresentada pelo sindicato, para a retomada da eficiência é:
– Administrar a empresa com competência.
– Dialogar e negociar; abandonar a tática de apelar sempre ao TST e fortalecer a negociação permanente e seus resultados práticos.
– Reestabelecer o quadro funcional, com realização imediata de concurso público e contratação de mais funcionários efetivos.
– Acabar com a terceirização de setores e a contratação de temporários.
-Envolver os trabalhadores e seus Sindicatos nos estudos e decisões sobre redistritamento.
-Acabar com o sistema de Distribuição domiciliária alternada (DDA) que está em implantação, pois ele visa a tornar definitiva a carga extra de trabalho imposta hoje pela falta de funcionários.
– Adotar a entrega matutina em todo o país.
– Melhorar salários e direitos.
– Garantir a qualidade do Plano de Saúde da categoria, parar de sucateá-lo e abandonar a ideia fixa de torna-lo privado e pago exclusivamente pelos ecetistas.
– Honrar todos os acordos e pagar a PLR atrasada.
– Adotar uma política eficaz contra os assaltos e pela preservação da segurança e da saúde da categoria.
– Renovar a adequar as unidades de trabalho.
– Acabar com a prática do assédio moral como método gerencial.
– Pagar a dívida com o Postalis, de mais de R$ 1 bi, e atuar para que os responsáveis pelo rombo sejam punidos, os valores ressarcidos e para que nenhum valor extra seja cobrado da categoria para cobrir déficits.
– Manter e melhorar todos os direitos e benefícios da categoria conquistados em suas lutas históricas.
– Captar recursos junto ao governo e aos bancos estatais (BB, CEF e BNDES, que emprestam bilhões ao setor privado) para aplicar na recuperação da empresa.

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Nenhum direito a menos
As Diretorias do SINTECT/SP e da FINDECT rejeitam qualquer plano de recuperação da empresa que inclua redução de custos com mão de obra e corte de direitos da categoria. Não é este o caminho para recuperar uma empresa que foi mal gerida e abandonada por anos.
Se as medidas apontadas acima não forem adotadas, os Correios continuarão caindo ladeira abaixo, as condições de trabalho vão piorar e os trabalhadores estarão cada dia mais insatisfeitos. A população quer e precisa de Correios públicos e de qualidade. Por isso o rumo privatizante atual tem que ser invertido. Os trabalhadores estão prontos para o diálogo, assim como estão dispostos a lutar por condições de trabalho, salários e uma empresa decente.

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