A pandemia está em seu pior momento. Morrem mais de 1000 pessoas por dia há várias semanas. A vacinação está lenta, quase parando por culpa da irresponsabilidade dos governos. Nesse meio, os casos de morte avançam entre os trabalhadores dos Correios e o Sindicato conquista vitórias na justiça em defesa da categoria!

E a direção da ECT continua com seu negacionismo bolsonarista, indiferente ao risco de morte a que expõe os ecetistas. Mantém a obrigação ao trabalho presencial, nas unidades lotadas e aglomeradas e nas ruas, apoiada na definição do serviço postal como essencial, que só vale nesse caso, porque ela esquece quando sucateia a empresa e defende a privatização.

Para piorar o quadro, não afasta todos no setor por 15 dias, quando há contágio confirmado, nem faz a desinfecção das unidades, que é o mínimo a ser exigido para dar condições de trabalho e preservar a saúde.

E ainda se nega a emitir CAT para os que adoecem, alegando não saber se o contágio da doença se deu no exercício do trabalho ou fora dele.

Infecção nos setores, nas ruas e no transporte

Isso é um absurdo monstruoso, porque os ecetistas usam o transporte público lotado para trabalhar, percorrem a cidade, tem contato com milhares de pessoas nas ruas e com seus familiares, pois são pais, mães, filhos, irmãos etc, o que torna impossível saber se o contágio se deu no exercício do trabalho ou fora dele. Bem como se infectaram algum conhecido ou ente querido.

Um dos resultados desse atentado ao direito humano à saúde e à vida feito pela direção da empresa e pelo governo, é o crescimento das mortes nas unidades de trabalho.

Só na última semana faleceu mais um companheiro por Covid no CDD Santa Mena. E sabemos que esses casos são só uma pequena parte do problema, porque a direção da ECT tenta abafar a situação, esconde e não divulga mesmo com a cobrança do Sindicato.

Vitórias na Justiça

Frente a essa atitude insana e genocida da direção da empresa, e da negação dela em, negociar a abrir os dados, o Sindicato tem buscado respaldo judicial. E tem conseguido vitórias.

Como na decisão recente do CEE Moema, que o jurídico do Sindicato atua para estender a todas as unidades, onde determina que a empresa autorize o trabalho remoto a todos que informarem ao gestor a ocorrência de sintomas de COVID-19, independente da apresentação de atestado médico.

Também impõe o afastamento dos empregados mantiveram contato (menos de 2 metros) com outros empregados com caso positivo de COVID-19 pelo prazo de 15 dias, pelo menos e limpeza imediata e intensiva do (desinfecção) do setor. Tudo sob pena de multa de R$ 10.000,00 por dia de descumprimento, nos termos do art. 814 do CPC.

Essa é mais uma conquista dos trabalhadores contra o negacionismo e incompetência da direção militar dos Correios na defesa da saúde e vida!

SENTENÇA CEE MOEMA