Sindicato vai a Brasília, exige e garante a devolução de descontos da greve de 2015
Notícia publicada dia 29/06/2016 14:57
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Empresa soltou comunicado nos setores no mesmo dia
O companheiro Diviza, representando o SINTECT-SP e a FINDECT, esteve em Brasília na terça-feira, 28/06, para exigir da empresa a devolução dos valores descontados indevidamente dos trabalhadores pela greve do ano passado.
E deixou claro que o desconto só pode ser feito de quem, comprovadamente, foi convocado e não compareceu. E neste caso a chefia das unidades tem que comprovar que fez a convocação e que o trabalhador se recusou a compensar as horas devidas. O trabalhador que foi prejudicado deve, portanto, conferir com o chefe e definir se deve haver desconto ou não, e o valor.
Após a negociação com o vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios, Heli Siqueira, e o gerente de Relações do Trabalho, Fagner José Rodrigues, a empresa decidiu suspender o desconto, restituir até 18 de julho os valores cobrados e reavaliar o processo de cobrança, redigiu documento nesse sentido e encaminhou comunicado no mesmo dia a todas as unidades de trabalho. A direção da ECT se comprometeu ainda a se reunir com todas as Direções Regionais (DRs) dos Correios, a fim de averiguar ilegalidades no processo de desconto.
Clique aqui e veja o documento da decisão final
Clique aqui e assista um trecho que foi transmitido ao vivo sobre a negociação
Cláusula 78 do Acordo Coletivo deu prazo para a ECT fazer a convocação
A cláusula 78 do Acordo Coletivo 2015/2016 determinou à ECT tem um prazo de 90 dias para compensação de greve do ano passado. Este prazo se esgotou em 3 de janeiro deste ano. A empresa só poderia efetuar desconto de dias da greve dos trabalhadores que não atenderam à convocação feia até esta data, mas ela acabou descontando de todos os trabalhadores que aderiram à greve, mesmo aqueles que nem foram convocados, inclusive de alguns que estavam licenciados ou em período de férias.
“O nosso objetivo seria obter a suspensão total da cobrança. Como não houve acordo em relação a isso, conseguimos com a ECT a suspensão e restituição das quantias, um avanço considerável. Pedimos que as DRs tenham a mesma postura que a direção da ECT teve aqui, por meio do seu vice, Siqueira, Fagner e demais gestores, porque é injusto cobrar essa dívida dos trabalhadores” pontuou Diviza.
Diviza disse ainda que o SINTECT-SP e a FINDECT vão acompanhar todo o processo, a fim de garantir o cumprimento do acordo e o melhor para a categoria. “Acreditamos que é assim, com ação rápida e presencial, quando necessária, que se resolve problemas como este”, disse ele.