Saiu na Mídia: Sindicatos e movimentos sociais iniciam mobilizações contra a privatização dos Correios
Notícia publicada dia 02/02/2020 14:35
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Os funcionários dos Correios e dirigentes de entidades sociais iniciaram neste fim de semana uma agenda de mobilizações contra a privatização dos Correios.
As mobilizações foram aprovadas em reunião da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT) nos últimos dias 27 e 28 de janeiro, que definiu um calendário de ações contra a tentativa do governo de entregar a estatal a empresas privadas.
Os protestos iniciaram já na quinta-feira, 30, com um ato em frente ao Centro de Triagem Principal dos Correios (CTB Jaguaré), com a presença de diversas lideranças e trabalhadores.
“Só com o empenho de todos será possível informar a população, quebrar a propaganda enganosa do governo e impedir a venda dessa empresa estratégica para a integração do país, para o fortalecimento de sua economia, para sua segurança e para todo seu povo”, afirma em o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect-SP).
Estiveram presentes no ato o presidente do Sintect-SP, Elias Cesario, (Diviza), Lídia Correa, dirigente do PCdoB de São Paulo, além de outras lideranças sindicais, dos movimentos sociais e políticas.
Entre as atividades aprovadas pelos trabalhadores e entidades estão mobilizações nas sedes dos Correios com carro de som e protestos de 3 a 14 de fevereiro. As entidades também realizarão um ato no Auditório Nereu Ramos em Brasília, Câmara dos Deputados, no dia 12, contra o pacote do governo de privatizações das estatais brasileiras.
Até março, a mobilização segue com atos regionais, panfletagens e abaixo-assinado. No dia 17 de março, uma assembleia irá definir se a categoria entra em greve geral contra o desmonte da estatal.
As mobilizações dão sequência à campanha contra a venda da empresa, lançada em janeiro pelos funcionários dos Correios. (v. Trabalhadores dos Correios lançam campanha contra a privatização da empresa).
Entidades sindicais, entidades dos movimentos sociais, parlamentares e especialistas vêm denunciando o crime pretendido por Bolsonaro e Guedes com a venda dos Correios. Com o argumento de que a empresas dá prejuízos ao país, o governo pretende entregar ao capital privado umas das maiores e melhor avaliada empresa pública do país.
De acordo com os sindicatos, ao contrário do que diz o governo, a empresa além de autossustentável, realiza um repasse de 25% dos seus lucros para o Tesouro, que ocorre desde 1969.