SINTECT-SP e FINDECT são contra o aumento das mensalidades do Postalis
Notícia publicada dia 01/04/2016 21:15
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O Plano de Equacionamento votado pelos Conselheiros do Fundo deve ser repudiado por toda a categoria e levar a ações políticas e judiciais contrárias
O aumento da mensalidade dos participantes para cobrir o rombo criado por fraudes, aplicações erradas e dívida da ECT por retenção de repasse (RTSA) é imoral, antiético e injusto
Foi insensível e criminosa a atitude dos Conselheiros do Postalis, indicados pela empresa, que aprovaram um Plano de Equacionamento que joga nas costas dos trabalhadores o prejuízo pelo rombo que já chegou a R$ 6,77 bilhões.
Frise-se que o Presidente do Postalis, AREOLVADO ALVES DE FIGUEIREDO (Efetivo), votou duas vezes, porque houve empate e coube a ele o voto de minerva. Os outros dois Conselheiros indicados pela empresa e que acompanharam o Presidente foram MÁXIMO JOAQUIM CALVO VILLAR JUNIOR (Efetivo) e JOSÉ ALBERTO BRITO (Suplente que votou no lugar do efetivo MANOEL CANTOARA, que pediu licença para não participar da reunião).
Por este plano, a partir de maio, os aposentados dos Correios terão uma redução no valor do benefício de 17,92% e quem está na ativa passará a contribuir com o mesmo percentual por um prazo de quase 23 anos (279 – duzentos e setenta e nove meses), com inicio em maio/2016 e termino em julho/2039.
A luta em defesa dos trabalhadores e do Postalis
A FINDECT e o SINTECT-SP estão há tempos na luta para que haja apuração dos desvios, fraudes e aplicações equivocadas, e para que a ECT pague a valor que reteve (RTSA) de mais de R$ 1 bilhão, referente a sua parte no custeio do Postalis, que ela é obrigada a fazer por ser a mantenedora.
O equacionamento do Postalis deve vir com o resgate do dinheiro que saiu pelo ralo e com o pagamento, pela ECT, da sua parte. Assim, o Fundo recupera sua saúde sem trazer prejuízos para os trabalhadores.
A luta começou com a denúncia do rombo à PREVIC, o órgão que controla os Fundos de Pensão, e o pedido de intervenção no fundo feito pelo Sindicato e pela FINDECT em agosto de 2014. A partir desta ação foi aberta investigação e, depois, a CPI dos Fundos de Pensão. Essas frentes levaram à suspensão do aumento das mensalidades, que agora foi indevidamente imposto pelos Conselheiros, antes que a CPI termine seus trabalhos e os culpados sejam apontados e punidos.
Nas investigações pedidas pela CPI já foram detectados aplicações fraudulentas e a falta de controle adequado dos investimentos pelo Banco responsável, o BNY Mellon.
A FINDECT e os Sindicatos filiados estão acompanhando a CPI e seus resultados, exigindo que os responsáveis pelo rombo sejam indicados e responsabilizados. Nesse contexto, realizaram no dia 26 de fevereiro uma manifestação de protesto em frente à sede do BNY no Rio de Janeiro, para exigir que o banco americano devolva ao Postalis o dinheiro perdido com as aplicações furadas coordenadas por ele.
A luta tem que continuar e se fortalecer!
Vale ressaltar que o estatuto do Fundo de Pensão permite que o desequilíbrio financeiro seja coberto com aumento da contribuição dos participantes.
Mas é preciso considerar como e por quem foi criado o rombo no Postalis. Como os culpados são os gestores do Fundo, o banco responsável pelos investimentos e a empresa mantenedora, a ECT, jogar o rombo nas costas dos trabalhadores é imoral, antiético e absolutamente injusto!
A FINDECT e o SINTECT-SP repudiam o plano de equacionamento e exigem que a ECT pague o que deve, que o dinheiro desviado com fraudes seja repatriado e que o Banco BNY Mello cubra o prejuízo que provocou.
Para tanto, o Jurídico estará se reunindo e propondo as medidas mais adequadas para o caso, sendo assim é importante reforçar a mobilização da categoria contra a qualquer cobrança extra. Não podemos aceitar que tamanha injustiça se configure!
O trabalhador ecetista adere ao Postalis, pagando sua mensalidade todo mês, descontada no holerite, para ter o benefício que lhe foi prometido na aposentadoria. Sofrer mudanças bruscas no caminho por culpa de gestões irresponsáveis não dá!