SINTECT-SP rebate governo Bolsonaro em audiência sobre o contrato de concessão dos serviços postais
Notícia publicada dia 25/03/2022 17:13
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● O SINTECT-SP e a FINDECT foram os únicos representantes da categoria que enviaram questões e participaram da audiência, levando a sério a necessidade de combater essa ação do governo, que ainda tenta colocar o PL 591 e a privatização dos Correios em pauta.
● Também mobilizaram a categoria para fazer pressão no dia e estão permanentemente em Brasília, em diálogo com Senadores em busca de apoio, sobretudo na CAE Senado.
● O PL 591 está parado na Comissão de Assuntos Econômicos, CAE Senado, o presidente dessa Comissão já declarou que não pretende colocar o PL em tramitação e a FINDECT angaria cada vez mais apoios contra essa tentativa criminosa de privatizar os Correios.
Governo não responde questões
Em participação na Audiência, o Diretor de Imprensa da FINDECT e do SINTECT-SP, Douglas Melo, participou da audiência com questionamento sobre a relação entre lucratividade e privatização.
“Se houve lucro nos últimos 5 anos e os Correios pagam dividendos à União”, questionou ele, “por que privatizar?” o lucro líquido da ECT nos últimos 5 anos foi: R$ 667 milhões em 2017; R$ 161 milhões em 2018; R$ 102 milhões em 2019; R$ 1,53 bilhão em 2020; R$ 3,7 bilhões em 2021, o melhor resultado dos últimos 22 anos.
Uma representante do governo da equipe de Paulo Guedes tentou ser mais realista que o rei e responder espertamente a questão. Mas se contradisse e mostrou que esse governo não tem argumento para privatizar os Correios. Age para favorecer o “mercado”, os investidores e as empresas privadas do setor.
Ela disse que o resultado de 2021 não justifica manter a estatal. Que é só olhar para trás para todos os números e entender as dificuldades futuras de manter o modelo como está. Ainda disse que o mercado de encomendas cresce, mas os Correios perdem participação nele porque as privadas estão investindo e ampliando suas atividades.
Em sua intervenção, o Presidente da FINDECT José Gandara criticou a validade da discussão numa audiência que é forçação de barra, tentativa de criar um ambiente que não existe.
Lembrou que o processo é complexo, entre outras coisas porque a própria PGR, em resposta ao STF, reafirmou que o PL é inconstitucional.
E questionou como ficarão as cidades em que a atividade postal é deficitária, com o fim do subsídio cruzado. E como o governo lidaria com o inevitável apagão postal, que imporá custos altíssimos à população e aos cofres públicos, tanto pelo aumento das tarifas quanto para as economias locais, que dependem imensamente dos Correios.
Márcio Martins, diretor da FINDECT e do SINTECT-MA deixou sem resposta os representantes do governo Bolsonaro que não souberam dizer como ficaria a situação dos empreendedores, da população dos municípios longínquos e do interior do país, já que não geram receita própria e dependem do subsídio cruzado para manter ativa a economia dessas regiões.
Em sua intervenção na audiência pública, Wilson Araújo, diretor da FINDECT e secretário-geral do SINTECT-MA questionou o fato dos serviços postais serem repassados à iniciativa privada sendo que cerca de 40% dos municípios brasileiros dependem exclusivamente dos serviços postais dos Correios estatais.
Os representantes do governo não responderam nada com nada!
Quando responderam, se contradisseram
Correios dá mais retorno ao governo que BB, CEF e Petrobrás
Do que ela está falando? Em que planeta está vivendo? Ela não sabe que nos EUA o correio público é mantido porque as privadas não vão nas periferias das grandes cidades nem nos rincões do país que tem a maior economia do mundo e as gigantes de logística e entregas, como Amazon, Fedex e UPS?
Não sabe que os Correios deram lucro nos últimos 5 anos, mesmo com os prejuízos alegados pelo governo, mas contestáveis? E que nos últimos 20 anos o saldo é muito positivo?
Os Correios foram a estatal que trouxe melhor aporte de dividendos à União, melhor que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica e a Petrobrás, em relação ao capital investido.
Se considerar os recordes de lucros dos bancos das últimas décadas, e que a Petrobrás é uma empresa mista que entrega metade de seus dividendos a investidores privados, vê-se a importância da ECT para o governo, para o país e para seu povo.
E há mais. Esse lucro poderia ser muito maior se não houvesse o sucateamento, o fechamento e fusão de unidades, a redução drástica do número de funcionários e de sua atuação. Se o governo quisesse, o Correio seria muito mais forte, teria uma fatia ainda maior do mercado, lucraria imensamente mais e atenderia a população com um nível de qualidade que a concorrência jamais atingiria.
Veja mais em https://www.facebook.com/watch/SPSintect/
Enquanto isso, têm oportunistas falando que estão na luta, mas não estão e ainda tem a cara de pau de mentir sobre o trabalho único, corajoso e forte que o SINTECT-SP está fazendo. Nosso repúdio aos mentirosos!
Os oportunistas se aliam ao bolsonarismo para atacar o Sindicato e os guerreiros da categoria, mas o SINTECT-SP mostra que irá dar prosseguimento à luta e resistência em defesa dos trabalhadores dos Correios!
Entre na luta com o SINTECT-SP e com a FINDECT!