SINTECT-SP vai à justiça contra a terceirização de carteiros
Notícia publicada dia 01/06/2012 22:11
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O SINTECT/SP ajuizou Ação Civil Publica (ACP 0000761-24.2012.5.15.0016) em razão da ECT estar contratando mão de obra terceirizada do trabalho fim, ou seja, contratando trabalhadores para a função de carteiro, o que só poderia ser feito através de concurso público. Com isso a ECT descumpre a CLT. Ela rege que somente podem ser terceirizadas atividades meios.
A preocupação do SINTECT/SP é a qualidade dos serviços prestados a população, pois os trabalhadores contratados pela empresa terceirizada não recebem treinamento adequado para exercer o trabalho. E é grande a quantidade de trabalhadores que procuram o Sindicato e reclamam que constantemente recebem seus salários com atraso.
Outra preocupação do SINTECT/SP é o fato de que vários concursados foram aprovados para função de carteiro e não foram chamados, gerando insatisfação de quem pagou para realizar o concurso. O SINTECT/SP repudia esse meio de administração que prejudica a população, produzindo uma imagem negativa da qualidade dos serviços prestados pela a Empresa Brasileira de Correios e seus trabalhadores.
A audiência de ACP está marcada para o dia 31 de julho às 15 horas.
Continuam desrespeitos com trabalhadores tercerizados
Os trabalhadores dos Correios acabam sendo prejudicados também
Mesmo após diversas cobranças que o Sindicato fez junto à direção da ECT, para que ela exija o respeito aos direitos trabalhistas dos funcionários das empresas terceirizadas contratadas para fazer a limpeza e segurança das unidades dos Correios, os problemas continuam. A situação chega a ser desumana, com trabalhadores e trabalhadoras terceirizados que após trabalharem todo o mês recebem salários e outros benefícios, como vale-transporte e tíquete alimentação, muito abaixo do que está no contrato, quando não deixam de receber. Em alguns locais os funcionários dos Correios tiveram que fazer vaquinha para auxiliar pessoas que após trabalharem todo o mês simplesmente não receberam. Um local onde isto esta ocorrendo é noCOFESA, como em outros setores.
O Sindicato continuará a cobrar da ECT, pois se a mesma esta contratando empresas que não respeitam direitos trabalhistas ela é cúmplice e conivente com a ilegalidade.