SINTECT/SP realiza plenária para debater a defesa do Convênio Médico
Notícia publicada dia 04/12/2016 14:20
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Delegados Sindicais, Ciperos e Ativistas debateram com a Diretoria do Sindicato a situação do Convênio Médico, a atuação da Comissão Paritária que discute mudanças no plano e a união dos trabalhadores na luta para defender o maior benefício da categoria
A plenária foi realizada na tarde de sábado (3/12) na sede do Sindicato. Os Delegados Sindicais, Cipeiros e Ativistas que participaram debateram exaustivamente a situação do convênio médico com a Diretoria do Sindicato, a partir dos informes dos seus dois representantes na Comissão Paritária, os companheiros Manoel Feitosa e Silvana Azeredo.
Custeio do plano
Manoel e Silvana destacaram que os representantes da empresa insistem que o custo do plano de saúde é muito alto. Para reduzi-lo, querem jogar todo o problema nas costas dos trabalhadores. Nesse sentido, sugerem saídas como o aumento da coparticipação, criação de mensalidade, limitação do atendimento aos dependentes diretos e exclusão dos indiretos, como pai e mãe.
Todos na plenária concordaram que não há a menor condição de discutir o custeio do plano de saúde pelo trabalhador. O principal motivo está nos salários da categoria, os menores entre trabalhadores de estatais.
São baixos demais e, por isso, incompatíveis com o aumento de qualquer tipo de coparticipação ou no custeio do plano. O trabalhador dos Correios, com o que ganha, não tem como bancar um convênio médico para pai e mãe, nem para ele mesmo. A não ser os que estão no alto escalão, porque na ECT há uma disparidade absurda entre salários. A diferença entre o que ganham os carteiros e os dirigentes da empresa é colossal. Eles sim podem bancar um plano médico, o trabalhador operacional, não.
Gestão do plano
A volta da administração do plano de saúde para o RH da empresa é uma das propostas defendidas pelos representantes dos trabalhadores na Comissão Paritária. Isso porque a direção da ECT afirmou, para criar o Postal Saúde, que os custos diminuiriam. Mas ocorreu o contrário, ou seja, um aumento imenso nos custos. Por isso já é consenso o entendimento de que a volta da gestão para o RH é uma necessidade.
Pagamento da dívida de R$ 500 mi
No encontro, os trabalhadores discutiram atividades conjuntas para vencer a resistência da empresa para pagar a dívida de R$ 500 milhões acumulada com os credenciados. Este pagamento tem de ocorrer e os repasses da ECT de sua parte no custeio do plano tem de ser regularizados. Do contrário, há o risco de intervenção no plano por parte da ANS (Agência Nacional de Saúde), o que provocaria sua suspensão. A ECT tem que honrar seu papel e cumprir o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria!
SINTECT/SP reforça chamado para a assembleia do dia 07/12!
A situação atual e as atitudes da direção da ECT em relação ao nosso convênio médico exigem uma luta unificada de todos os trabalhadores dos Correios. A proposta do Sindicato é de construir uma greve não só no estado de São Paulo, mas em todo país!
O presidente do SINTECT-SP, Elias Cesário, o Diviza, reforçou na plenária o chamado de todos os trabalhadores para a assembleia do dia 7 de dezembro, às 19h00, no CMTC Clube.
“Chegou a hora de mobilizar todos os setores”, disse ele, lembrando a importância dos Delegados Sindicais, Ciperos e Ativistas para a mobilização e convocação de todos os companheiros para a assembleia e a luta. “Essa Assembleia tem de estar lotada para aprovar o ESTADO DE GREVE e mostrar a força e a disposição da categoria de realizar uma grande luta em defesa de nosso convênio”, completou Diviza.
Ele também informou aos presentes os resultados da reunião dos 7 Sindicatos do Estado de São Paulo. O principal foi a definição do dia 14/12 para a realização de uma greve em todo o estado, caso a empresa não quite os débitos com os credenciados. Também foram discutidos outros problemas da categoria que exigem ação conjunta, como DDA, OAI, CDD centralizador e entrega Matutina (veja texto sobre a reunião dos 7 Sindicatos com o presidente da ECT)