Tarcisio e seus apoiadores apelam à pancadaria da polícia para aprovar a privatização da Sabesp
Notícia publicada dia 07/12/2023 17:18
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► A Polícia Militar de São Paulo, a mando do governador, desceu o cassetete e abusou do gás para calar o protesto popular na Assembleia Legislativa, uma casa que deveria ser do povo.
► Foi assim que o governador e seus aliados conseguiram aprovar a projeto de lei que autoriza a venda das ações estatais da Sabesp.
► Foram 62 votos favoráveis remunerados com cerca de R$ 20 milhões em emendas orçamentárias para cada. Há 94 deputados estaduais e a oposição se recusou a participar da farsa tarcisesca e se retirou do plenário após a polícia reprimir violentamente os trabalhadores que protestavam na Alesp.
► O SINTECT-SP se opõe às privatizações, participou da mobilização dos trabalhadores da Sabesp, do Metrô e da CPTM e continua na luta para impedir que o governador de extrema-direita, saído das catacumbas do bolsonarismo, destrua o patrimônio público do povo paulista.
O projeto aprovado na Assembleia Legislativa, de autoria do governo do Estado de São Paulo, permite que ele venda o controle da Sabesp e deixe a empresa aos ventos dos interesses privados, de acionistas preocupados unicamente em receber dividendos dos lucros da empresa.
Se a venda for efetivada, pode esquecer o necessário investimento em infraestrutura, ampliação e melhorias na rede de distribuição. Hoje a Sabep não precisa disso, pois é uma empresa de excelência comprovada no serviço que presta. Mas em locais que crescem velozmente, como São Paulo, os investimentos devem ser contínuos.
O governador não quer saber disso. Nem os deputados de sua base parlamentar que aprovaram o projeto. Eles são financiados e fiéis apoiadores dos interesses dos empresários neoliberais privatistas que querem a venda da Sabesp e de tudo que é público, para terem mais e maiores fontes de riqueza.
E vão ganhar muito porque a Sabesp é muito eficiente. Teve um lucro de 3,121 bilhões no ano passado, o que representou um crescimento de 35,4% na comparação com o ano anterior. E chegou a esse resultado sem deixar de investir.
A única deputada que votou contra a privatização, apesar de ser apoiadora do governador, é da cidade de Franca. Ela afirmou que a Sabesp realiza um serviço de “excelência” em sua cidade, que tem de água e esgotos tratados”.
Citou a conversão de esgoto em biogás, para mover os veículos da empresa sem poluir a atmosfera. Declarou que “a Sabesp tem muito pouco a avançar em Franca”. Disse, portanto, que nada justifica a privatização e que é praticamente certo que a qualidade dos serviços cairia com a privatização, a exemplo do que ocorreu com a Enel.
É por isso que o governo empurrou o projeto goela abaixo da população da cidade de São Paulo, que se opõe à privatização, sem promover nem aceitar o debate nem consultar o povo. É assim que age um governador autoritário, neoliberal e privatista. Quando o povo o elegeu, atentou contra si próprio, pois esse filhote da extrema-direita representa os interesses mesquinhos do 1% mais rico, que tem mais dinheiro que os 99% restantes e manda com a força da grana.