Protestos crescem, governo começa a balançar e luta contra a privatização avança
Notícia publicada dia 04/07/2021 00:50
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Dirigentes sindicais e trabalhadores da categoria foram às ruas mais uma vez no 3 de julho para denunciar a as falcatruas do governo na pandemia, exigir vacinação para todos e defender os Correios contra a privatização!
Os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro cresceram no dia 3 de julho, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro, as maiores cidades do país. Dessa vez até setores de direita que estavam na base de apoio do governo foram às ruas e se juntaram às centrais sindicais e sindicatos, entidades estudantis, Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, movimentos populares e partidos de esquerda que convocaram a manifestação.
A faixas e chamados pedindo a saída do atual presidente e impeachment também cresceram. O motivo é o mesmo que levou os organizadores a antecipar o protesto que estava marcado para o final do mês.
Está nas acusações de crime de prevaricação no caso da compra da vacina Covaxin que foram denunciadas e estão no radar da CPI e da justiça, com autorização de investigação pelo STF.
O 3J foi o primeiro ato após a entrega do superpedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados pelas Centrais Sindicais, organizações sociais e parlamentares de vários partidos. O documento faz um compêndio das acusações contra o presidente contidas nos mais de 100 peidos já apresentados, que estão na gaveta do presidente da Câmara, Arhur Lira.
Com mais esse ato e a indicação de crescimento dos protestos, as denúncias de corrupção na compra de vacinas. o avanço da CPI e a recente divulgação de áudio que mostra envolvimento do próprio Jair na rachadinha da família Bolsonaro, o governo balança e pode cair.
Isso ficou mais uma vez evidente no nervosismo e nas grosserias do presidente que, quando se sente acuado, atira para todo lado. Derrubá-lo e criar condições para o país melhorar já é uma luz no horizonte!
Ecetistas nas ruas
O companheiro Elias Diviza, presidente do SINTECT-SP e Vice-presidente da FINDECT, participou no ato na Av. Paulista nesse 3 de junho. Com seus familiares, dirigentes sindicais e trabalhadores de base, percorreu a avenida dialogando e denunciando mais um crime desse governo, que é o sucateamento dos Correios e a ameaça de privatização.
“O Sindicato e os trabalhadores ecetistas estão na luta para impedir a aprovação dos projetos 7488 e 591, que se aprovados vão abrir o caminho para a venda da ECT e a entrega do setor postal a empresas privadas. Por isso estamos nas ruas para denunciar esse governo que defendeu cloroquina, foi contra o isolamento social e não comprou vacina das empresas que ofereceram para superfaturar a indiana com atravessador e descambar para a corrupção. E que apresentou projetos de lei para acabar com o monopólio postal, mudar a regulação do setor e possibilitar a privatização da ECT, que se ocorrer vai promover um apagão no país e prejudicar toda a população”, afirmou Diviza.
Não à reforma administrativa
A luta contra a reforma administrativa também esteve nas ruas no 3J. Ela é bandeira do governo, que apresentou a proposta de Emenda Constitucional, PEC 32, de reforma administrativa, que já aprovada na CCJ e tramita em Comissão Especial da Câmara.
É mais um lance da sua política neoliberal privatista do governo, capitaneada pelo ministro Paulo Guedes. Almeja a destruição dos serviços públicos e estatais para entregar tudo nas mãos de empresas privadas, para extraírem lucros. Isso significa transferir dinheiro público direto para empresas, por um lado, e por outro diminuir os serviços e o acesso a eles, aumento de custos e penúria para a população.
Bolsonaro mente mais uma vez: não houve vandalismo de manifestantes, e sim de seus infiltrados
Ao final de mais uma manifestação belíssima, apareceu um pequeno grupo de pessoas que não fizeram parte dela, ou seja, infiltrados. Atacaram manifestantes, carros de som, ponto de ônibus, uma agência bancária, o Mackenzie e seguranças do metrô.
Bolsonaro foi às redes sociais dizer que houve vandalismo dos manifestantes e que os protestos não visam à saúde, mas ao poder. E parlamentares bolsonaristas aproveitaram para defender a aprovação de uma lei para criminalizar e impedir protestos. Puro oportunismo político.
As autoridades sabem quem são as pessoas que vandalizaram. Têm imagens deles na internet. Espera-se que sejam tomadas medidas cabíveis aos crimes que cometeram. E que o presidente pare de mentir.