SINTECT-SP reforça orientação para ninguém se expor ao perigo sem itens de higiene e segurança
Notícia publicada dia 24/03/2020 03:04
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O presidente dos Correios insistiu no seu Primeira Hora dessa segunda que os Correios prestam serviços essenciais e que os ecetistas devem ajudar a população nesse momento difícil. Ótimo ele reconhecer nossa essencialidade e importância. Mas só palavras não bastam.
Nessa segunda, 23 de março, os trabalhadores da categoria atenderam o chamado do Sindicato de cobrar das chefias e gerências os itens de higiene imprescindíveis como álcool gel e sabonete, além de equipamentos de proteção como máscaras.
Em alguns locais os itens foram entregues. Em outros não, o que obrigou os companheiros a não manipularem correspondências e encomendas para evitar contaminação. Esperamos que amanhã todos os setores estejam abastecidos com itens individualizados. Onde não estiver, o pessoal bate o ponto, mas não se expõe ao perigo.
Só serviço essencial
Mas fornecer itens de higiene e segurança não basta. A direção da ECT tem que adotar um plano de ação que garanta a saúde e a vida dos trabalhadores e seus familiares e contribua para a não proliferação do vírus.
Isso implica suspender todos os serviços não essenciais. E que fique claro que manipular e entregar correspondências e encomendas agora não é essencial. Pelo contrário. Aumenta a exposição ao perigo e o risco de contágio.
Serviço essencial é só aquele que contribua com o combate à pandemia de coronavírus. Ou seja, que esteja ligado à entrega de medicamentos, vacinas e equipamentos médicos. O resto pode esperar!
Sem rua e sem aglomeração nos setores
Manter apenas o essencial quer dizer que o pessoal não faz entrega direta à população, para não expor o trabalhador e o cliente.
Também é preciso que a empresa adote sistema de revezamento ou limitação de efetivo diário nas unidades para evitar aglomeração. Três horários por setor já possibilita que haja menos companheiros por turma, o que permite manter uma distância maior.
Gestor não pode pressionar
Os trabalhadores denunciam que, em muitos setores, os gestores estão ameaçando cortar o ponto de quem não aceita trabalhar desprotegido.
Essa pressão é uma enorme falta de humanidade que será denunciada aos órgãos competentes pelo Sindicato, como o Ministério Público e as Justiças trabalhista e comum, individualmente e nominalmente.
Pressionar o trabalhador a aceitar exposição e o risco de contaminação é um atentado contra a segurança e a saúde do ecetista, de sua família e da própria população.
A luta continua!
Fornecer itens de higiene e segurança são exigências nesse momento, mas não são suficientes. A exigência é pela manutenção do que é realmente essencial, como descrito acima. Isso deve ser complementado com discussão e negociação permanentes, para acompanhar e avaliar a situação e adotar um Plano de ação, que até agora não nem no papel!
O movimento de resistência nessa segunda-feira foi importante para forçar a direção da empresa se movimentar e procurar adquirir os itens de higiene e prevenção, mas ainda não é o necessário, vamos continuar em alerta e denunciando. Por isso o Sindicato parabeniza os trabalhadores e mantém seu posicionamento de cobrar a direção dos Correios todos os itens necessários para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores!