Trabalhadores aprovam o fim da GREVE, mas a luta continua!
Notícia publicada dia 14/03/2018 18:50
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O sentimento de continuar com a greve era dominante, mas como fazer isso se outros 30 Sindicatos saíram da greve, o restante do país já estava trabalhando e só São Paulo e Rio de Janeiro tiveram força e coragem de continuar na luta?
Por isso a maioria dos presentes à assembleia dessa quarta, 14/03, tomou a decisão mais sensata nesse momento, de recuar taticamente, encerrando a greve e se mantendo em estado de greve, cientes de que uma batalha se encerrou, mas a guerra continua e o próximo confronto se aproxima.
O retorno está previsto aos trabalhadores (as) dos turnos matutinos a partir de 15/03/2018, turnos Vespertinos está liberado para retorno hoje se assim optarem ou a partir de 15/03/2018, turnos Noturnos devem retornar hoje a partir das 22h.
Quanto às horas de greve, a compensação será aos sábados, mediante a necessidade de serviço da Empresa, tendo o prazo findado em 26/05/2018, sendo que as horas que não forem compensadas serão descontadas na folha de pagamento de junho/2018.
Todos devemos voltar com a cabeça erguida, conscientes de que cumprimos nosso dever com brio e coragem, de que recuamos agora, mas voltaremos ao ataque em breve para impedir que a empresa e o governo continuem roubando nossos direitos, com ou sem a ajuda da (in)justiça!
TST tomou decisão inédita contra categoria ecetista
No dia 12 o TST agiu de forma totalmente inesperada. A própria Ministra Kátia Arruda, que participou da sessão e votou a favor dos trabalhadores, disse: “No dia em que o judiciário mudar uma cláusula de um acordo Coletivo firmado, poderemos ser denunciados na OIT (Organização Internacional do Trabalho). Não conheço na jurisprudência brasileira NENHUM caso de dissídio de revisão para Acordos, porque os acordos são AUTÔNOMOS”.
Ou seja, um acordo coletivo assinado pelas partes tem força de lei. Não pode ser julgado ou mudado por vontade de apenas uma das partes. O que o TST fez, evidenciá extraordinário do país atualmente, em que nem na justiça o trabalhador pode confiar.
As direção do SINTECT-SP e da FINDECT, com seus corpos jurídicos e apoio de juristas renomados, estão estudando a situação e as medidas a serem encaminhadas. A denúncia na OIT, como disse a ministra Kátia Arruda, além do apelo a instâncias superiores da justiça brasileira, são possibilidades.
Essa ação do TST foi fundamental para o golpe que a empresa conseguiu dar na categoria nesse momento, e pela necessidade do recuo tático. Mas estaremos mais preparados para evitar que isso se repita na Campanha Salarial que se avizinha. Nela, nossa luta será por NENHUM DIREITO A MENOS, e pelo restabelecimento de direitos roubados!
A luta continua também porque nossas reivindicações não foram atendidas, como concurso público e contratação de funcionários, fim do DDA e do SD, normalidade na concessão de férias, restabelecimento do adicional de mercado, manutenção do cargo de OTT e das Agências e CDDs abertos, entre outras.