Trabalhadores em greve solidarizam com a população, dialogam e ganham apoio
Notícia publicada dia 13/09/2020 15:22
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Na semana de 08 a 11 de setembro o Sindicato coordenou atividades que tiveram forte apoio e participação da categoria e são fundamentais para dialogar e quebrar as mentiras da direção da ECT:
● 08/09 – Ato estadual unificado em frente ao CTP com arrecadação de alimentos a serem doados a instituições que ajudam o povo em situação de rua.
● 09/09 – Carreata na região do Alto do Tietê com arrecadação de mantimentos.
● 10/09 – Distribuição de quentinhas para moradores de rua na região central, preparadas por diretores do Sindicato e companheiros de base com alimentos arrecadados nos atos solidários.
● 11/09 – Distribuição de Carta Aberta da FINDECT na região central de Ferraz de Vasconcelos e doação de sangue solidária com mais de 60 companheiros em Santo André e Carreata em Embu das Artes.
O momento é de solidariedade
O radicalismos e o terrorismo praticado pela direção militar da ECT revoltam. Muitos companheiros querem responder no mesmo nível. Mas nesse momento complicado que o país vive, com altíssimo desemprego, população sofrendo, milhares de doentes e mortos na pandemia, o que vale é a empatia, a palavra, a narrativa. Entrar no jogo de força dos militares e do governo pode ser um grave erro, com resultados imprevisíveis.
Nesse sentido, estão certíssimos os Sindicatos e os trabalhadores que, em greve, desenvolvem ações solidárias, empáticas, de proximidade e diálogo com à população. Essa é a melhor forma de combater o radicalismo, a arrogância, a maldade e a impessoalidade da direção militar da ECT.
A mídia apoia o governo
As atitudes da direção da empresa e do governo são escondidas pela mídia empresarial. Em vez de denunciar os ataques aos trabalhadores e à empresa pública, ela repercute o discurso falso da direção da ECT, do Ministro das comunicações, Fábio Faria e do governo contra os Correios e seus funcionários.
O motivo é que os donos dessas empresas de comunicação são neoliberais que defendem a mesma política do governo e do general. Por isso apoiam e escondem a luta. Na hora de esfolar o trabalhador e privatizar, não tem briga entre eles.
A chance está no diálogo
Proximidade e diálogo com a população é o que pode virar a mesa da opinião pública e mudar a conjuntura a favor dos trabalhadores em luta para manter seus direitos e a renda que alimenta suas famílias.
Nessa sociedade desigual, em que os empresários mandam com a ajuda dos políticos que eles ajudam a eleger e, agora, de generais da reserva que aprenderam a reprimir o povo no Haiti, só um grande movimento junto e por dentro da população é capaz de derrubar a narrativa dos dirigentes empresariais, que taxam os trabalhadores de privilegiados, que tem ganhos abusivos e absurdos, o que na verdade são eles que têm.
Doação de sangue, carta aberta e alimento
Por isso as ações comandadas pelo SINTECT-SP com os trabalhadores em greve são fundamentais. Doar sangue, como fizeram mais de 60 companheiros em Santo André nessa sexta (11), participar de carreatas, arrecadar e distribuir alimentos e carta aberta são momentos junto com a população, de ser ouvidos e ganhar apoio.
Para as pessoas que entram em contato com o Sindicato nesses momentos, não adianta a direção da empresa, o governo ou a Globo mentirem em horário nobre. Essas pessoas vão saber a verdade pela boca dos grevistas e estarão ao lado da luta da categoria.
Todos na luta junto com o SINTECT-SP!
Até o dia do julgamento, 21 de setembro, várias ações ocorrerão, e a Diretoria do Sindicato conta com a participação e o empenho de todos.
Não é possível aceitar a situação colocada pela empresa, a destruição do acordo, a redução da renda e ficar de cabeça baixa, ir trabalhar, polegar e furar greve, ajudar a empresa a roubar seu próprio direito e a privatizar o patrimônio público.
Até a vitória!