Trabalhadores ficam ilhados e ECT não abona o dia

Insensibilidade, truculência, falta de consideração e ímpeto explorador estão na base da atitude do diretores das Macrorregiões que querem compensação do dia dos trabalhadores que foram ilhados pelas enchentes

Na semana de 7 a 11 de março choveu muito em São Paulo. Em um dos dias o volume de água foi o esperado para um mês. Em vários locais os alagamentos paralisaram os transportes, interditaram ruas e invadiram residências. Em outros houve deslizamentos de terra e desabamentos que tiraram a vida de várias pessoas. Alguns dos locais mais atingidos foram Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato, Mairiporã e Guarulhos. Inclusive o Diretor Regional que mora em uma das regiões afetadas pelas fortes chuvas, está tentando discutir sobre o abono dos dias, mas está enfrentando resistência por parte dos Macrorregiões.

Muitos ecetistas não conseguiram se deslocar ao trabalho por falta de transporte. Outros tiveram casas alagadas e passaram dias tentando recuperar parte do que perderam para as águas.

Mas o transtorno e o sofrimento das pessoas, bem como a falta de estrutura da cidade e de assistência pelo poder público não são considerados pelos Macrorregiões. A calamidade pública decretada na cidade, mesmo com atestado emitido pela Defesa Civil, não está sendo aceita por eles para abonar falta nos dias de caos vividos na cidade.

Esses senhores, que devem morar em casas confortáveis em locais altos e seguros, como permite seus salários, não tem a mínima sensibilidade para entender as dificuldades e o desespero dos trabalhadores cujos baixos rendimentos os obrigam a morar em locais distantes, inundáveis e que ficam ilhados com chuvas muito fortes. E tomam a decisão truculenta de obrigar os trabalhadores a compensar os dias perdidos, ou serem descontados.

O Sindicato repudia tal medida. Exige que os atestados de calamidade pública, dos trabalhadores que moram nas áreas atingidas, sejam aceitos e os dias abonados.

Veja abaixo mais algumas fotos: