Não ao trabalho no domingo! Direção da ECT quer escravizar a categoria!
Notícia publicada dia 06/03/2021 14:22
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A diretoria do Sintect-SP repudia a convocação da direção militar da ECT para trabalho no domingo e as ameaças autoritárias e abusivas para coagir o trabalhador, e orienta todos a não assinar e rejeitar a convocação!
A complementação da jornada nos sábados, que a empresa está obrigando a categoria a fazer, já é um abuso frente ao excesso de serviço a que todos estão submetidos pela falta de funcionários e aumento das entregas.
E a direção militar autoritária e abusiva da ECT, parceira do governo no entreguismo e na destruição de um patrimônio inestimável da população e da nação brasileira, ainda quer obrigar os ecetistas a trabalharem no domingo.
A falta de humanidade dessa diretoria é chocante e revoltante. Não estão nem aí com o estresse e a fadiga que a categoria está sofrendo. Com o limite do suportável, físico e emocional, que sufoca a todos e todas.
Querem impor uma escravidão moderna, com o pessoal trabalhando até não poder mais para ganhar uma mixaria que só da pra comida e pra moradia, e olha lá.
Frente ao abuso da direção dos Correios, o Sintect-SP encaminhou ofício à ECT exigindo esclarecimentos referente às convocações e ameaças sofridas pelos trabalhadores que rejeitaram a convocação para o trabalho no domingo.
E tudo isso em plena pandemia!
Num momento de descontrole total, em que os casos de contaminação e mortes por Covid-19 batem recordes, com quase 2000 óbitos diários, com hospitais e UTIs lotados, com o sistema de saúde próximo do colapso.
Numa situação tão absurda e desesperadora como essa, que obrigou vários governos estaduais a decretar fase vermelha e inúmeras restrições, a direção da ECT quer fazer a categoria trabalhar todos os dias exposta à contaminação e à morte, SÓ PARA AUMENTAR OS LUCROS. Chega!
Reagir, resistir e lutar!
A crise pandêmica não veio só. Ela se fez acompanhada por uma crise econômica, uma crise ambiental e uma crise política.
O sucateamento da “Coisa Pública”, propositalmente promovido por muitos governos, há anos denunciado pelos Sindicatos e Federações, se revelou e mostrou seu lado mais cruel deixando à própria sorte toda uma sociedade, em especial, os desprovidos de bens materiais, além de profissionais exauridos e de cara para a morte.
Como no caso da categoria ecetista, obrigada a trabalhar cada dia mais em todo o período. A dar conta do serviço que só cresceu, devido ao aumento do comércio eletrônico, cada vez com menos funcionários, devido aos afastamentos, ao home office e ao PDI.
Tudo isso somado com os resultados maléficos das reformas trabalhista e da previdência e dos ataques aos direitos da categoria, como ao convênio médico.
O colapso da saúde também não veio sozinho, ele veio de braços dados com as ideias negacionistas que, por sua vez, mantêm relação de cumplicidade com o desprezo à vida humana em prol da economia, materializado por práticas cotidianas exterminadoras que acompanhamos com tristeza e raiva.
A resposta a essa barbárie tem que ser o repúdio e muito mais! Tem que ser a luta aberta, que terá de estourar com toda a força na próxima campanha salarial!