TST marca conciliação, manda a empresa negociar até lá e não limita a greve
Notícia publicada dia 18/09/2015 20:35
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A ECT sofreu uma primeira derrota, o que significa uma primeira vitória dos lutadores da categoria!
Nesta sexta-feira, 18/09, o Vice-Presidente do TST, Ministro Ives Gandra Martins Filho, marcou a audiência de conciliação do Dissídio aberto pela empresa para o dia 25 de setembro (sexta-feira), às 15 horas.
Mas a ECT queria muito mais, e ficou a ver navios.
1×0 para a categoria!
Ela pediu a limitação da greve. Ou seja, que o TST impusesse uma quantidade mínima de trabalhadores para manter os Correios funcionando durante a greve.
Isso o TST negou, coerente com a sua posição de intermediador das negociações, e não favorecer uma das partes. O Ministro não apreciou o pedido de liminar da ECT e não determinou esse contingente mínimo para trabalhar nas unidades operacionais da empresa.
2X0 para a categoria
O Ministro disse ainda que espera bom senso das partes para encontrar uma saída negociada para o fechamento do ACT 2015/2016, até a data da conciliação.
Ou seja, mandou a empresa negociar, e FINDECT e SINTECT-SP já encaminharam ofício ao Presidente da ECT solicitando a reabertura imediata das negociações.
Quem conhece a ECT sabe que ela pode ignorar esse pedido e não continuar a negociar nem apresentar uma nova e melhor proposta. Mas ai ela dará mais uma prova da sua falta de vontade e de que não quer negociar nada, e sim impor ataques à categoria. E isso contará pontos contra ela.
FENTECT na contramão
Enquanto isso, o Secretário Geral da FENTECT, está dando provas de que está de mãos dadas com a direção da empresa.
Ele e grande parte de sua Federação furaram a greve nacional ao defender a aprovação da proposta de conciliação do TST, que foi encampada pela empresa, de abono de R$ 150 sem incorporação e comissão sem poder de decisão para discutir o plano de saúde.
E agora encaminhou documento ao TST sugerindo que esta seja a proposta apreciada na conciliação do dissídio coletivo. De que lado ele está? Como pode defender uma proposta que foi rejeitada por mais de 75% da categoria em nível nacional?